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Sem trama, sem trança
Sem transe, sem transa
Sem tranca
Um coração aberto

Passando por vários fios
Nenhum vermelho como o seu 
Para se amarrar no meu mindinho
Ligando os noivos do destino

Queria uma vez mais esse fio vermelho 
Não num nó ou numa amarração 
Mas num doce enlace de vontades
Na paz de uma cama chama que aquece sem queimar 

Num novo laço, um novo lar 
Sem sinthoma, sem ciúmes
Com coragem para sermos nós mesmos 
Terapia para saber o que isso quer dizer 

Não quero mais te carinhar por medo
Ou desejo de que me deixe
Na solidão de tantos poemas
Não quero mais amar o homem que não me escolhe 

Quero o homem que pediu a mulher em casamento
No primeiro beijo no ponto de ônibus 
Que me pediu em casamento adejando nas ondas, olhos nos olhos 
Que apertou meus cabelos contra o corpo desejante nas falésias 

Desejo aquele desejo
Daquele homem-coragem que me deseja tanto
Que me nega um beijo
Com medo de se perder e morrer em mim 

Vem se encontrar em mim, seu mapa
Para o sonho de vida em paz que a gente sonhou juntos 
Um baú recheado de carinhos e silêncios a dois 
Vem, se deixa ser feliz

Você merece e eu também 
Já é tempo de tentar de novo

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