As vezes eu também despedaço
Jogada aos seus pés
Eu sou mesmo exagerada
Eu te amo assim, despedaçada
Em superlativos
Por todos os cantos da casa
Te amo despretenciosa, displicente
Sem morada, meus pedacinhos espalhados pelo chão
Impregnando em seus pés descalços
Pequenos cacos brilhosos
Que te arrancam gotinhas de amor
Sob os seus pés, os beijo
Aperto e adoro em devaneio
Eles tem cheiro de lavanda e sálvia
De farda lavada na máquina
Enquanto eu leio um Freud no sofá
Agora tudo se foi
Ninguém mais escuta o Freud
Não tem mais sofá
Só um par de óculos no chão de madeira
E umas plantas que você não quis me dar
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